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7 Erros ao Criar sua Playlist de Digital Signage

playlist de digital signage

Um aspecto fundamental para que a operação de uma rede de telas de mídia digital out-of-home tenha o resultado esperado é o planejamento da playlist de digital signage.

Já demos algumas dicas de como criar e melhorar seu conteúdo de MDOOH nos seguintes posts:

Agora vamos mostrar os principais erros ao montar a sequência de vídeos de sua rede de digital signage. Espero que goste!

1 – Não possuir um padrão visual de qualidade

Este ponto não é tão simples, pois há operadores de digital signage que não possuem uma equipe de produção própria de conteúdos, ou não terceirizam a produção com apenas uma agência.

Apesar disto, é importante tentar manter um padrão visual de qualidade dos conteúdos exibidos, mesmo que a responsabilidade da produção do vídeo seja do anunciante.

Anúncios ou vídeos que parecem que foram feitos no PowerPoint irão passar uma imagem de amadorismo ao espectador, mesmo que inconscientemente.

2 – Não estudar o público-alvo

O levantamento das informações do público que frequenta o local da instalação da tela é o principal aspecto para montar uma playlist de digital signage.

A sinalização digital, salvo suas especificidades, é uma forma de marketing como qualquer outra. Portanto, assim como as empresas que anunciam na TV, no rádio, nas revistas ou em páginas da internet estudam o público-alvo de cada canal, os operadores de MDOOH também devem conhecer as características do público de cada tela da rede de digital signage em que operam.

O operador deve levantar estas informações e oferecer aos anunciantes para maximizar o retorno sobre seus investimentos. Além disto, estes dados também ajudarão o operador a completar a playlist com os demais conteúdos que irão chamar a atenção dos espectadores.

estudo do publico alvo

3 – Não se preocupar com o tempo de permanência do espectador

O segundo aspecto mais importante para se conhecer antes de montar uma playlist de digital signage é o tempo de permanência do espectador em cada ponto de sua rede.

O tempo de permanência é fundamental para definir o comprimento dos vídeos, o comprimento do loop da playlist e até qual o tipo de conteúdo exibido.

De uma maneira geral, podemos classificar um ponto de digital signage de duas maneiras diferentes, dependendo do tempo de permanência do espectador:

  • Ponto de passagem

Se a tela estiver instalada em pontos nos quais o público irá olhar apenas poucos segundos da playlist, como corredores de um shopping, elevadores ou um painel de LED outdoor no trânsito da cidade, então a playlist de digital signage precisa se adaptar a isto.

Os vídeos precisam ser mais diretos, simples e curtos, de no máximo 15 segundos. A duração da playlist toda também pode ser mais curta, pois dificilmente será visualizada completamente pelo espectador.

Os videos dos anunciantes também precisam ser mais diretos, focados em apenas apresentar o nome da empresa e o serviço ou produto oferecido seguido de um Call to Action”, uma chamada para acessar o site ou entrar em contato pelo telefone, por exemplo.

  • Ponto de espera

Em locais que o espectador permanece um tempo maior em contato com a tela, como salas de espera, lobbys ou o mesmo painel de LED outdoor do exemplo passado, só que na hora do rush, então a playlist de digital signage precisa ter outras características.

A principal preocupação nestes casos é construir uma playlist que não se repita, para o espectador não perder o interesse na tela.

Como em certos casos a espera pode ser muito longa, o ponto chave é criar uma programação dinâmica, usando sub-playlist randômicas e conteúdos que se atualizam automaticamente através de fontes de dados.

Os vídeos também podem ser mais longos e elaborados.

4 – Sobrecarregar a programação de anúncios

Não seja ganancioso. Mesmo que seu ponto esteja muito bem localizado e possui uma alta demanda de anunciantes, não preencha a sua programação apenas com anúncios. Você assistiria um canal de TV que passa apenas propagandas?

Sempre reserve parte da playlist com vídeos informativos de interesse do público-alvo. Se a demanda está muito grande, aumente o preço ao invés de colocar apenas anúncios na programação.

5 – Fazer concorrência de anúncios

Enquanto na TV aberta é comum observar várias empresas do mesmo segmento anunciando em um mesmo canal, nas telas de digital signage isto pode acabar parecendo estranho.

É interessante que o operador tenha uma política em relação a isto para não gerar conflitos entre marcas oferecendo o mesmo produto ou serviço em suas telas, ou anúncios que queiram passar mensagens opostas, como na imagem abaixo. Isto com certeza irá aumentar a satisfação de seus anunciantes.

concorrencia de anuncios

6 – Não verificar os conteúdos ponto-a-ponto

Já tivemos um cliente que possuía uma tela instalada em uma padaria e colocou na playlist deste ponto um anúncio da principal padaria concorrente deles. Imagina o desconforto.

Na hora de vender pacotes de inserções para os anunciantes, é importante verificar cada ponto de exibição para que não ocorram situações como esta.

7 – Não atualizar os conteúdos informativos

Enquanto os anunciantes de sua rede irão se modificando com o tempo naturalmente, é muito importante investir tempo atualizando os outros conteúdos de suas telas.

Vídeos bonitos ou engraçados do Youtube para chamar a atenção do espectador se tornam repetitivos rapidamente. Se o local em que a tela está instalada recebe um público que se repete diariamente, como em uma linha urbana de ônibus, ou uma via de trânsito da cidade, este problema se intensifica.

Uma dica para diminuir este problema é utilizar mídias com fonte de dados que se atualizam automaticamente, como previsão do tempo, bolsa de valores ou chamadas de portais de notícias.

programacao de digital signage


Espero que este texto tenha te ajudado a ter algumas ideias para melhorar sua playlist de digital signage. Assine nossa newsletter e receba mais conteúdos de MDOOH em seu e-mail. Até a próxima.

Sobre o autor

Igor Gavazzi Vazzoler

Fundador e Diretor de Inovação da Progic Tecnologia. Engenheiro eletricista pela UFSC com MBA em Gestão de Projetos pela FGV.

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